11 out

Postado por Camilo Cavalcanti Jr. em Renda Fixa | Comentários (2.736)

Fundos de Investimento em Renda Fixa

 

Já abordamos em outros textos os principais instrumentos de renda fixa aos quais nós temos acesso (poupança, CDB, LTN e NTN-F, LFT, e NTN-B). Os fundos de renda fixa podem investir em todos eles (exceto a poupança), e em outros instrumentos que nós não temos acesso, como derivativos e outros títulos com risco de crédito.

Existem vários tipos de fundos de renda fixa, conforme a sua política de investimento. Isso significa que, por exemplo, certos fundos podem utilizar apenas títulos públicos. Outros podem também títulos privados, assim como outros tantos podem, inclusive, alavancar seus investimentos.

Alavancagem é um termo que não possui uma única definição exata. Mesmo entre os especialistas, há divergências práticas sobre o que é ou não alavancagem. De qualquer maneira, vale a atenção para o seguinte: existe a possibilidade (seja ela pequena ou grande) de ganhos bastante elevados para a renda fixa. Assim como de perdas bastante elevadas. E quando digo isso, estou querendo dizer que é possível até ser necessário mais aporte dos investidores para cobrir perdas do fundo.

Mas calma. Apesar de existirem muitos fundos (tanto de renda fixa, como de outras modalidades) alavancados, em geral os fundos aos quais temos acesso com pouco dinheiro não são alavancados. Falei sobre isso aqui mais para efeito de informação.

Voltando às políticas de investimento, hoje existem fundos de longo prazo ou de curto prazo. A diferença entre eles são os prazos dos títulos que podem ser investidos em cada fundo, além de algumas questões tributárias: os fundos de curto prazo possuem alíquota de imposto de renda conforme o tempo em que seu dinheiro for aplicado, conforme tabela abaixo:

Prazo da aplicação

Alíquota de IR

Até 180 dias

22,50%

Acima de 180 dias

20,00%

Os fundos de longo prazo também possuem uma tabela regressiva do imposto de renda, conforme o período em que seu dinheiro fica aplicado:

Prazo da aplicação Alíquota de IR

Até 180 dias

22,50%

De 181 a 360 dias

20,00%

De 361 a 720 dias

17,50%

Acima de 720 dias

15,00%

Além disso, não vamos esquecer que, quando falamos de fundos de investimento, existe uma outra taxa a ser paga: a taxa de administração. E, pelo menos quando falamos de fundos de renda fixa, as taxas praticadas são as mais baixas do mercado. Outro detalhe importante é que, via de regra, quanto maior o investimento inicial exigido pelo fundo, menor a taxa de administração paga pelos seus cotistas.

Mais uma coisa: do mesmo modo que existem títulos diferentes de renda fixa, existem propostas diferentes entre fundos. Dessa maneira, existem fundos cujo foco é aproveitar as taxas prefixadas do mercado. Sua rentabilidade esperada é bastante diferente da de fundos cuja política é investir em índices de preços, por exemplo. E atualmente, estão ganhando fama e volume de recursos, fundos de investimento indexados a determinados indicadores.

Bons exemplos são os fundos IMA-B, cuja política é seguir ou superar o Índice de Mercado Anbima – Série B. Se você pensou que esse ‘B’ vem dos títulos que nós conhecemos por NTN-B, acertou! A ideia é ter uma carteira composta por todos os vencimentos deste título emitidos pelo Tesouro Nacional, na proporção que eles têm sobre a dívida pública federal. Do mesmo modo, temos o IRF-M, Índice de Renda Fixa – Mercado, que se baseia em títulos prefixados (LTN e NTN-F), também conforme a composição destes títulos na dívida pública federal. Mais informações sobre estes índices podem ser encontradas no site da ANBIMA, na seção de informações técnicas.

Obviamente, estes não são os únicos tipos de fundos de renda fixa existentes no mercado. Particularmente, também existem fundos de renda fixa livres, que podem investir em títulos prefixados, pós-fixados, indexados à inflação, etc., etc.

Por isso, as dicas que ficam são que, antes de investir em um fundo, se escolha bem o tipo de risco que quer correr, o tipo de títulos que aceita na composição da carteira, e se tenha certeza (ou ao menos uma boa previsão) do prazo em que seu dinheiro ficará investido, dadas as diferenças de alíquotas do imposto de renda.

Ainda, pesquise bastante. No seu banco, e em bancos concorrentes. Determinados tipos de fundo são “padrão”, e eles podem ser comparados conforme o histórico de rentabilidade e taxa de administração. Fundos prefixados, fundos DI, ou fundos Índices de preços, por exemplo, existem em todos (ou quase) os bancos. Compare bem antes de investir.

E por último, você vai ouvir isso de todos os bancos: “rentabilidades passadas não são garantia de rentabilidades futuras”. Nem em tamanho, tampouco em ordem (por exemplo, banco X é sempre melhor q banco Y). É claro que, na falta de mais informações, devem ser consideradas as rentabilidades. Mas esteja sempre ciente de que elas mostram apenas o passado, e de maneira nenhuma são garantia do que está por vir.

Bons investimentos a todos!

Saudações!

Camilo Cavalcanti Jr.

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