16 fev

Postado por Camilo Cavalcanti Jr. em Renda Fixa | Comentários (2.954)

Investindo em CDB: emprestando dinheiro para o banco

Depois de falar um pouco sobre a poupança, nosso próximo instrumento de investimento a ser estudado é o CDB – Certificado de Depósito Bancário.

Um CDB é um empréstimo que você faz para o seu banco. Simples, não? Desta maneira, o banco te fala: “vou remunerar esse dinheiro que você está me emprestando em 10% ao ano”. Assim, ao fim deste empréstimo, você receberá o valor que aplicou, corrigido pela taxa acordada com o banco. No exemplo acima, o acordo foi de uma taxa de 10% ao ano. Sabendo disso, podemos descobrir com contas simples o quanto receberemos ao vencimento deste título. Chamamos investimentos com este tipo de remuneração, de investimentos prefixados.

Outro exemplo seria o banco lhe oferecer uma remuneração do tipo “95% do CDI”. Mas afinal, o que é CDI? Isso é bom ou ruim?

CDI – Certificado de Depósito Interbancário. A sigla se parece muito com a do CDB, mas são coisas bem distintas. O CDI é um índice, uma taxa divulgada ao final de cada dia pela Cetip, que reflete a taxa média dos empréstimos feitos de um banco para outro. Sim, os bancos tomam empréstimos entre si, e com uma frequência maior do que nós imaginamos.

Voltando ao CDI: de fato só saberemos qual foi o CDI de um período após o período ter se realizado. Chamamos investimentos que possuem taxas com estas características de investimentos pós-fixados.

A taxa SELIC (a taxa básica de juros no Brasil) também é uma taxa pós-fixada. Não sabemos qual será a taxa definida pelo Banco Central em suas próximas reuniões, e por isso, um investimento em que o retorno é a taxa SELIC é chamado também desta maneira.

O CDI é uma taxa próxima à SELIC, porém historicamente um pouco menor. Ao aceitar receber “95% do CDI”, quer dizer que receberemos como retorno de nosso investimento, uma taxa equivalente a 95% de outra taxa que não conhecemos hoje. Essa é a essência de investimentos pós-fixados. E isso não é necessariamente ruim.

Não existe um banco que, via de regra, pague melhor ou pior num CDB. Em geral, os bancos de menor porte tem taxas mais atrativas, devido à sua maior necessidade de caixa. No entanto, não podemos esquecer de que este é um ativo privado, e portanto, há um risco de crédito embutido (mais um motivo para que bancos menores possuam taxas atrativas): se o banco em que você investiu quebrar, adeus dinheiro investido.

Uma observação deve ser feita: assim como a poupança, as aplicações em CDB são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito, até o volume de R$ 70.000,00. Mas ao contrário da poupança, quando compramos um CDB, estamos emprestando dinheiro para o banco por um prazo determinado. Em geral, não há liquidez diária: você só recebe seu dinheiro de volta quando do vencimento do ativo.

Facebook Twitter Google Plus Pinterest Email
Comentários

Fatal error: Allowed memory size of 67108864 bytes exhausted (tried to allocate 71 bytes) in /home/storage/9/1a/c7/somainvest1/public_html/wp-includes/comment.php on line 3002